O Livro que pode mudar a forma como vês o mundo e a ti próprio – 17 Citações do Cap. 1 (Eu Sou)

Fragmentos de Verdade não é um livro normal. É, aliás, muito provavelmente um livro diferente, em género, de todos os que leste. Sem história e sem frases no imperativo; sem nada para contar e sem nada para aconselhar. O que resta? Consciência, observação.

Não é um livro de receitas (“Faz isto, não faças aquilo”), que tente influenciar-te a mente, alimentar parte da tua mente, agradar-te ou desagradar-te, mas de ingredientes: que te faz olhar para ti próprio para lá da mente, para lá de ti; um livro sem função que, podendo ter uma função, é permitir-te que te superes, vendo-te, entendendo-te. Nasce do auto-entendimento e, dessa forma, permite o auto-entendimento.

Não deve ser lido por ninguém que queira chegar à última página sem enfrentar fantasmas próprios e sem se aperceber de que, provavelmente, tudo o que pensa está errado – porque está. E não entenderá só isso, mas porque pensa o que pensa! É aí que acontece a elevação, a iluminação: quando entendes a tua própria mente e te separas dela. Quando deixas de ser somente um Homem e vês e entendes o que és por inteiro.

Uma coisa é certa: é impossível chegar ao fim sem a percepção de que algo mudou dentro de ti. Porque a consciência irá inevitavelmente a sítios novos, fora e dentro da tua mente e do teu corpo. E é impossível voltar atrás.

E, portanto, Fragmentos de Verdade deve ser aberto com cautela e com consciência de que, como disse Nietzsche, “Cada um deve decidir a quantidade de verdade que consegue suportar.”

Mas que não se esqueça de outra frase do mesmo autor: “qualquer verdade silenciada transforma-se num veneno”.

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Rafael Augusto – Fragmentos de Verdade (Alêtheia, 2016)

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